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Marcelo de Abreu

Empresário, escritor e palestrante. Especialista em gestão de pessoas e liderança.

O que pesa mais na sua liderança: a resistência ou a adaptação?

“Os líderes demoram para tomar decisões e depois querem que os seus times trabalhem de modo duas vezes mais rápido.”

As mudanças te assustam? Existem aquelas pequenas, como mudar um móvel de lugar no seu escritório ou começar a usar um creme de barbear diferente pela manhã. Ou então aquelas mudanças um pouco maiores e impactantes, como começar um novo esporte com foco em tornar sua rotina mais saudável e melhorar a alimentação.

Mudanças fazem parte da vida, das pequenas, como trocar um móvel de lugar, às grandes, como redefinir sua carreira. No mercado de trabalho, não é diferente.

Em 2024, a Experis, divisão de R&S do grupo de profissionais de TI do ManpowerGroup, fez um estudo em 42 países conversando com 40 mil empregadores. Nos resultados, foi mostrado que até 2027, 81% das empresas já terão começado a utilizar a IA. Atualmente, já são 53% das grandes companhias globais que utilizam a inteligência artificial em sua rotina.

Agora, pense rápido: com quantos robôs você interagiu hoje sem nem perceber?

A IA está presente em tantas camadas da nossa rotina que é fácil começar a vê-la como algo comum, na qual quase não prestamos mais atenção ou nos surpreendemos com sua presença. Estamos caminhando para uma realidade de hiperpersonalização onde a IA, o machine learning e os algoritmos são fundamentais. Quer ver só?

Em um aplicativo de música ou streaming eles personalizam nossa experiência, nos oferecendo exatamente aquilo que queremos com base nas nossas preferências. Nas redes sociais, buscam e entregam exatamente aquele conteúdo que vai nos fazer ficar mais tempo passando o dedo na tela. No e-commerce nos induzem a conhecer produtos certeiros para o que desejamos e precisamos.

Se estamos cercados pela hiperpersonalização como consumidores, por que ainda lidamos com treinamentos padronizados e métodos ultrapassados dentro das empresas? O mesmo líder que hoje resiste à IA será o que amanhã exigirá que sua equipe se adapte em tempo recorde.

Quando falo de hiperpersonalização, não me refiro apenas aos clientes—embora sejam um público essencial para o sucesso dessa estratégia. Os colaboradores também estão imersos nesse novo cenário, acostumando-se a uma realidade onde a personalização molda cada aspecto de suas vidas. E se a experiência do cliente evolui, por que a experiência dos profissionais dentro das empresas deveria ficar para trás?

Aí eu volto a pergunta que lhe fiz lá no começo: você tem medo de mudanças?

Recentemente, tive a oportunidade de palestrar em um evento de uma big tech nos Estados Unidos, onde foram apresentados avanços impressionantes no uso da IA. A tecnologia já nos proporciona carros autônomos que nos levam ao destino sem que precisemos tocar no volante. Nas fábricas, robôs assumem tarefas perigosas, garantindo mais segurança para os trabalhadores. E dentro de casa, já começam a se tornar assistentes inteligentes — ou até mesmo companheiros virtuais, aprendendo e se adaptando ao nosso dia a dia.

A IA está evoluindo, e os líderes que não acompanharem essa transformação ficarão para trás. No futuro, a chave do sucesso não será o controle, mas a adaptação. Ignorar a transformação digital hoje freia o crescimento da empresa e também coloca a equipe em desvantagem competitiva.

E o pior: quando esses líderes finalmente decidirem agir, será tarde. A pressão para recuperar o tempo perdido recairá sobre suas equipes, que terão que correr o dobro sem estrutura ou preparo.

Flexibilidade e inteligência emocional são essenciais para um líder capaz de identificar oportunidades, enfrentar a insegurança que toda mudança traz e inspirar sua equipe a crescer junto com ele. Essas habilidades não são apenas diferenciais, mas requisitos para quem deseja se manter relevante no futuro.

Essas ideias foram algumas das reflexões levantadas por mim durante o TechConnect for C-Level de 2025, que aconteceu no dia 13 de março no Cubo Itaú. Um evento incrível onde reunimos executivos, CTOs, CIOs e Heads de tecnologia e inovação para discutir, dividir e aprender mais sobre inovação, papel da IA dentro das empresas e como utilizá-la de forma criativa, sendo responsável.

Um momento necessário, assim como este que estamos tendo agora, para repensar como estamos lidando com a tecnologia e a inovação no cenário atual. E o que precisamos fazer para conseguir evoluir com elas.

Confere aí algumas fotos de como foi o nosso encontro no Cubo Itaú, com a segunda edição do TechConnect For C-Level.

 
minicurriculo marcelo de abreu

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Logo Marcelo de Abreu. Palestrante, escritor e empresário, especialista em Gestão de Pessoas e Liderança.
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