Na sexta-feira (20/09), foi ao ar no YouTube a sexta edição do Employer Summit, em um painel incrível onde eu, o Marcio Frade e o Danilo Macarini Umbelino dos Santos, CBPP falamos sobre “O futuro da gestão de talentos & Legislação”.
Assista ao vídeo completo no link: https://www.youtube.com/watch?v=mCetp0CkdTI
Esse é um assunto que está cada vez mais presente nas discussões estratégicas das organizações, principalmente com a crescente adoção de um conceito conhecido como Talent Marketplace, que transforma a forma como as empresas gerenciam e desenvolvem seus colaboradores.
Caso esse seja seu primeiro contato com o conceito, aqui vai uma explicação simplificada: Talent Marketplace é uma plataforma que conecta colaboradores qualificados a projetos internos, independentemente de suas áreas de atuação originais. Em vez de ficarem restritos às suas funções habituais, eles têm a oportunidade de contribuir em diferentes demandas dentro da organização.
Uma das discussões que tivemos ao longo do painel, foi em tentar entender como as lideranças podem aderir a esse novo conceito e fazer com que as companhias comprem essa ideia e isso faça parte do dia a dia das equipes. Para Marcio Frade, a dinâmica acontece da seguinte maneira:
“A tecnologia é uma forma de facilitar e ajudar o processo, mas a cultura da organização é ainda mais forte. E o ponto central é saber como os líderes estão conectados e engajados com a missão maior da corporação. Sei que é muito bom criarmos uma marca forte em nossa área – seja do RH, vendas, tecnologia ou distribuição. É sempre importante e gera pertencimento para as pessoas que ali trabalham, mas isso tem que ser colocado em um patamar ainda maior. Qual é a contribuição da empresa com a sociedade? Quais tecnologias estão surgindo e como elas se aplicam aos produtos da empresa? Quais são os serviços oferecidos? Uma pesquisa recente da Gartner diz que somente 1 em cada 4 colaboradores está realmente engajado com as organizações. Isso é um desafio gigantesco para nós, que trabalhamos com gestão de pessoas. Quando você democratiza mais as oportunidades de trabalho, precisa estar aberto a “perder o controle”. Se há um colaborador que deseja desenvolver habilidades em outros projetos, você, como líder, tem que ter a confiança de que possui os melhores talentos e endereçar os desafios primeiramente da sua área, com o compromisso da entrega, mas que também querem ir além disso. Para mim, é assim que o desenvolvimento acontece e as pessoas se sentem realmente valorizadas. Seja pelo Marketplace de Talentos ou por qualquer outra ferramenta que nos dê a chance de aproveitar toda a contribuição que as pessoas podem dar à organização. É nisso que devemos focar e buscar.”
Danilo Macarini completa o pensamento trazendo mais um desafio: o de estimular as lideranças a serem mais desapegadas com os colaboradores e dar a chance deles fazerem mais pela empresa como um todo.
“As pessoas precisam estar motivadas e desafiadas. Muitas vezes não conseguimos fazer uma evolução de carreira muito rápida, mas podemos fazer movimentos – de envolver a pessoa na participação de um projeto ou até mesmo de conhecer outras características desse colaborador.”
E ressalta que encaminhar os profissionais para outros projetos é dar a eles a oportunidade de “ligar outros neurônios, sinapses e uma energia extra para fazer coisas novas”.
E aí, você acha que o Talent Marketplace vai tornar as empresas mais ágeis e inovadoras? Eu acredito que sim! Essa é uma nova forma de agir e pensar a liderança e gestão de pessoas. Antigamente, confiávamos em processos lineares, mas agora com o avanço tecnológico e a necessidade crescente de agilidade, as organizações estão adotando novos formatos de gerir talentos, onde as habilidades dos colaboradores são continuamente combinadas com projetos e demandas internas.
E quais os benefícios do Talent Marketplace para líderes e gestores?
1. Maior agilidade e flexibilidade de talentos, otimizando o tempo e os recursos da equipe.
2.Retenção de talentos, pois oferecer oportunidades de crescimento e novos desafios dentro da organização. Consequentemente, aumenta a satisfação e o engajamento dos colaboradores.
3.Desenvolvimento de carreira personalizada, podendo utilizar de habilidades específicas de cada colaborador em variados projetos.
4.Possibilidade de quebrar silos dentro da empresa, ou seja, colaboradores de áreas diferentes podem trabalhar juntos em projetos que demandam uma diversidade de habilidades, enriquecendo as soluções e o ambiente de trabalho.
Você, líder ou gestor de equipe, consegue entender como esse novo conceito traz benefícios para o nosso trabalho? Não é a primeira vez que abordo um conteúdo que explana a ideia de que devemos desenvolver nosso time. Pegar o que eles tem de melhor e transformar em algo ainda maior. Ter um profissional interessado em se desenvolver é quase que ter ouro nas mãos. Por isso, é fundamental incentivarmos nossa equipe a explorar diferentes áreas e projetos – essa troca, como dita pelo Frade e o Macarini, tende a torná-los ainda mais engajados e realizados profissionalmente. Ninguém sai perdendo nesse cenário!
Lembre-se, o futuro do trabalho não será apenas sobre o que você faz, mas sobre como você pode contribuir de maneiras diferentes dentro da mesma organização.
Esse novo modelo de gestão está pronto para ser explorado por você?
Confira o painel do Employer Summit 2024 na íntegra: